domingo, 6 de junho de 2010

Dilemas masculinos de relacionamento.

atendendo a pedidos, ai vai para nossos amigos clientes.
Ciúme excessivo, medo de compromisso, alergia a pedir desculpas...

EU ME MORDO DE CIÚME

P:Sou fiel e acho que é obrigação de todo aquele que ama. Sou também muito ciumento. Não consigo me controlar. Hoje, estou com uma mulher especial, na dela... E ainda assim fico procurando pelo em ovo. O que fazer para ser feliz sem perder tempo com esse sentimento? Franco, 26 anos

R:Você mostra coerência: é ciumento, mas também fiel. No entanto, encara a fidelidade como obrigação... Bem, quando decidimos ser fiéis, frustramos um desejo genuíno, o desejo de novidade. As compensações, por isso, devem ser muito grandes. E podem ser: ficar feliz por fazer o outro feliz, evitar as DSTs. Talvez sua única compensação seja não causar na outra pessoa a mesma dor, a do ciúme, que sente.

O que fazer para domar essa emoção que o consome? Jamais conheci alguém que não sentisse um pingo de ciúme em um relacionamento a dois. Quando temos um objeto de amor, é natural que não queiramos dividi-lo. No entanto, esse sentimento precisa ser mantido sob controle. O que você parece não conseguir. Quando o desejo não pode ser controlado, temos um desajuste emocional chamado compulsão, impossível de vencer só com força de vontade. O tratamento é feito com medicação e psicoterapia. Caso não tenha exagerado, é grande a possibilidade de que você sofra de compulsão, ou seja, de ciúme patológico. Vejamos como funciona. O ser humano vive num eterno conflito entre os impulsos (o que quer fazer) e as normas (o que deve ou pode fazer). Cada caso é um caso, mas, na minha opinião, existem dois grandes times de desajustados: aqueles que se deixam dominar pelos impulsos, que chamo de cigarra, e os que vivem sempre dentro dos padrões, que batizo de formiga. Essa última, muito racional, se une à cigarra, emocional, para viver nela o que reprime em si mesma, e vice-versa. A isso dou o nome de simbiose. A meu ver, você é uma formiga que passou a viver na cola da cigarra (sua namorada). Para romper a simbiose, precisa trabalhar em si mesmo a parte que vive em sua namorada. Ter seus próprios interesses, ocupar sua cabeça fazendo coisas empolgantes.


TENHO MEDO DE COMPROMISSO

P: Depois de dez anos casado, me separei e resolvi curtir a vida de solteiro. Até que conheci uma mulher perfeita: carinhosa, inteligente, bonita... Tentei engatar um namoro sério, mas não consegui largar meus casos. O que há de errado comigo?Beto, 32 anos

R:O que está levando em consideração? A quantidade, e não a qualidade, certo? Verdade que dizer não a todas, menos a uma, é muito difícil, principalmente em um mundo onde as mulheres estão tão acessíveis. É como circular em um parque de diversões. Sem falar que é natural querer variar: o instinto sexual requer novidade, e você não precisa ser fiel, já que está solteiro. Sua cabeça achou essa nova garota sob medida: de família, carinhosa, inteligente. Já seus instintos... É uma questão de valor. Caso decida se amarrar a ela, vai seguir seus valores racionais. Precisará comprar a seguinte ideia: "Todas as mulheres bonitas são atraentes, mas estou apaixonado e quero ser fiel a essa moça maravilhosa que encontrei". No entanto, só conseguirá agir assim se for maduro para controlar seus cavalos. O filósofo Platão comparou o ser humano a uma carruagem: os cavalos são os instintos; o cocheiro é a razão; e as rédeas, a vontade. Segundo ele, a maturidade depende de quanto o cocheiro manda nos cavalos. Será que o seu é capaz? Ele parece ser frágil... Você pode imaginar que, se deixar seus cavalos à solta, irá muito mais longe, não é? Bem, essa é uma decisão que só você pode tomar.



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